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Delfos (“Δελφοί”)



É difícil ordenar as ideias e estabelecer um ponto de partida. São muitas as informações e indescritíveis maravilhamentos sensoriais. Vamos organizar...

Em primeiro lugar, o sítio arqueológico fica situado em uma pitoresca cidade de mesmo nome: Delphi (em grego: “Δελφοί”). A cidade, tal como o sítio, ficam “pendurados” em penhascos do maciço de montanhas que compõe o Parque Nacional Parnassus. O primeiro grande impacto se define pela espantosa surpresa de que ao chegarmos com o olhar voltado para a busca dos velhos resquícios dos monumentos que conferiram materialidade aos hinos míticos cantados por Homero e por tantos outros relatos proferidos por sábios, nossas expectativas se esvanecem perante o impacto gerado pela força de natureza.O espetáculo é propiciado por Gaia e não por Apolo.


É sabido pelos arqueólogos que a Mãe Terra era o centro do culto antigo na região desde o Neolítico. Gaia era adorada pelos micênicos antes dos gregos da polis arcaica ali instaurarem o culto ao Deus do Sol. As montanhas se rasgam em vales e em leito de rios, que desembocam no Golfo de Corinto, situado a quase 10 km de distância, e pode ser visto no horizonte a partir dos templos remotos. Possivelmente os adoradores ganhavam o complexo divinatório pelo Mar. E dentre toda essa beleza, eis que surgem salpicando aos pés do Monte Parnasso (em grego: “Ορος Παρνασσός”, pronuncia-se: Óros Parnassós) o complexo divinatório antigo. Chego a ofegar com tanta beleza. Nenhuma das fotos que postarei, por melhor que seja a lente utilizada para produzi-las, é capaz de capitar a grandiosidade da paisagem desenhada pela grande mãe. Aos poucos, esmiuçarei detalhe por detalhe os mitos e a descrição dos edifícios. A riqueza parece ser infinita...


Obs.: A foto acima retrata uma parte do Ginásio, palco dos antigos Jogos Pítios, e ao fundo vê-se as colunas do Templo da Athena Pronaia. O complexo templário principal fica mais acima da montanha.


Delphi, 20 de janeiro de 2019.

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